Entre bispos, peões e cavalos

Escute,meu caro, ou mellhor, leia, esta singela história que não se sabe ao certo o final, se é que existiu ou existirá um.
Eu, eu não, tu. Tu sabes o que vai acontecer.Tu vistes, tu ouvistes tudo o que eu tinha pra te falar.E se não ouvistes, talvez seja eu, com esta minha maluquez, esse complexo de que os outros estão sempre me olhando, ou falando de mim. Talvez não seja a arrogância, em si, mas um pouco de realidade, fazendo contraste com o outro lado do tabuleiro. Tabuleiro este que representa a vida. Em certas ocasiões avançamos, outra recuamos. Esta é a minha hora de avançar. Com isso, ganhamos pessoas como um presente divino e em seguida, perdemo-as por uma pequenez, frases mal formuladas, pensamentos repetitivos, situações as quais não temos controle, ou não tivemos clareza. Esta sou eu, com meu coração apertado, sem alguma esperança de rever-te ou de apenas sentir-te, contar-lhe-ei parte do que acontecera. Ou talvez, dentro de mim, ainda exista um ponto de esperança, um ponto que brilha quando relembro nossa história, a cada letra do papel, cada peça perdida, cada intervalo de tempo juntos;
Éramos moços, tão jovens e admiráveis, Eu ainda o esperava ver passar e você quando passava, sorrisos espalhava, e foi assim que começou a brotar o nosso amor. Amor do olhar, do sentir, o corpo estremecia, e você continuava, com a maior normalidade a me contar como fora seu dia, contar histórias as quais faziam o tempo voar enquanto eu estava a seu lado. Demoradas, intensas, mas que passavam rápido. Rápido, tais como nossos jogos de xadrez. Na maior parte das vezes, enquanto jogávamos, juntos, este fascinante jogo, que foi inclusive vivido.

aguardem a continuação;
Autoria de : Maria Germana Baldin